Desemprego nos EUA fecha 2009 em 10%

Muitos americanos teriam desistido de procurar emprego

Os Estados Unidos tiveram a eliminação de 85 mil postos de trabalho em dezembro, mas a taxa de desemprego no país não registrou mudanças frente ao mês anterior, e fechou 2009 em 10%.

Na zona do euro, dados divulgados nesta sexta-feira mostrarm que o desemprego voltou a aumentar um décimo em novembro de 2009, também atingindo 10%, a maior taxa desde agosto de 1998, segundo dados divulgados hoje pelo Eurostat, órgão de estatísticas comunitário.

A maior parte dos analistas tinha previsto que o desemprego americano chegaria a 10,1%, quase sem mudanças, mas antecipava que seriam eliminados apenas 8 mil postos de trabalho. O fato de a taxa permanecer estável apesar da perda de postos de trabalho é por causa da redução da força de trabalho, o que implica que muitos americanos "jogaram a toalha" e pararam de procurar trabalho. Com isso, o governo não conta mais essas pessoas entre os desempregados.

O Departamento de Trabalho publicou nesta sexta-feira também os dados revisados de outubro e novembro. Os números mostram que houve a criação de 4 mil postos de trabalho em novembro, o primeiro aumento em dois anos, e que foram eliminados 16 mil em outubro, mais do que se tinha antecipado a princípio. Atualmente, mais de 15 milhões de americanos estão sem emprego, número que sobe para mais de 17 milhões considerando os que só têm emprego de meio turno.

Quando se inclui as pessoas que deixaram de procurar emprego e os que só têm trabalho de meio período, a taxa de desemprego chega a 17,3%, apenas um décimo abaixo do nível mais alto nos últimos 16 anos. As estatísticas mostram um panorama desanimador para os trabalhadores americanos. No total, as empresas eliminaram 4,2 milhões de empregos em 2009, um ano no qual a média de desemprego ficou em 9,3%, frente ao 5,8% de 2008 e ao 4,6% de 2007. A economia perdeu mais de 8 milhões de postos de trabalho desde dezembro de 2007.

Fonte:Clic RBS

Por Elias Ferreira