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"Eu conto os minutos para ele estar de volta", diz mulher de sargento em missão de paz



Marido voltaria do Haiti em nove dias para conhecer filho de quatro meses

A mulher do sargento Francisco Feitosa, de 38 anos, respira aliviada desde a madrugada de quarta-feira, quando recebeu a notícia de que o marido, no Haiti há sete meses em missão, estava salvo do terremoto que matou milhares de pessoas no país. Juracenir Feitosa, de 36 anos, quase não acreditou quando soube da catástrofe, já que faltava apenas nove dias para que Feitosa voltasse para casa e pudesse conhecer o filho de quatro meses que ainda estava na barriga dela quando ele partiu.

— Ficamos muito aliviados aqui, apesar de alguns colegas dele não terem tido a mesma sorte — desabafa.

Feitosa, a mulher e os dois filhos, o outro tem 12 anos, vivem em Rio Branco, no Acre. Segundo ela, Feitosa conseguiu se salvar porque não estava na base militar, que foi destruída. Horas depois dos tremores, o sargento conseguiu se conectar à internet e dar o primeiro sinal de vida.

— Ele pediu apenas que a gente orasse. Eu conto as horas, minutos, segundos para que passe tudo isso e ele possa estar aqui com a gente...

Zilda Arns morre em terremoto no Haiti, diz sobrinho

Gabinete do senador Flávio José Arns recebeu informação nesta quarta.
Familiares da coordenadora da Pastoral da Criança buscam mais detalhes.


Zilda Arns Neumann, coordenadora internacional da Pastoral da Criança, morreTamanho da fonteu no terremoto no Haiti, ocorrido nesta terça-feira (12). A informação foi divulgada na manhã desta quarta-feira (13) pelo gabinete do senador Flávio José Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda, em Curitiba (PR).



Ele irá acompanhar a missão brasileira que segue nesta quarta-feira para o Haiti. "Ela faleceu mesmo. Ela estava junto com um tenente, e os dois foram atingidos e morreram", disse Flávio Arns ao G1.


Fonte:G1

Forte terremoto atinge Haiti; instalações do Exército brasileiro são afetadas, diz Defesa
Um grande terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter atingiu o Haiti, o país mais pobre da América, por volta das 19h50 (horário de Brasília) desta terça-feira (12). Um alerta de tsunami para partes do Caribe, incluindo a República Dominicana, Cuba e Bahamas chegou a ser emitido pelo Centro para Alertas de Tsunami no Pacífico, mas já foi retirado.

Ainda não há números oficiais de vítimas e prejuízos, mas os relatos que chegam pelas agências de notícias informam que diversos edifícios desabaram no país, inclusive o palácio presidencial da capital Porto Príncipe.

De acordo com as agências internacionais, vários feridos aguardam ajuda médica pelas ruas da capital haitiana. A comunicação com o país ainda é muito precária e as poucas informações que chegam indicam que até o prédio da Organização das Nações Unidas (ONU) foi abalado pelos tremores desta terça-feira. "As Nações Unidas pode confirmar que a sede da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), em Porto Príncipe sofreu graves danos, juntamente com outras instalações das Nações Unidas", disse o subsecretário-geral para Operações de Paz Alain Le Roy, em um comunicado divulgado em Nova York.


  • "Os contatos com a ONU no terreno têm sido severamente prejudicados", disse Le Roy, acrescentando que um grande número de pessoas que trabalham para a organização continuam desaparecidas.

    As comunicações foram em grande parte interrompidas, tornando impossível obter um quadro completo sobre os danos, enquanto tremores que se seguiram ao grande sismo continuaram a assustar a população do país extremamente pobre, onde muitas construções são precárias. A eletricidade foi cortada em alguns lugares.

    Karel Zelenka, representante da ONG Catholic Relief Services (Serviços de Auxilio Católico), em Porto Príncipe, disse a colegas americanos, antes de o serviço de telefone cair, que deveria haver "milhares de mortos", segundo uma porta-voz do grupo de ajuda, Sara Fajardo.

    "A cidade inteira está na escuridão, há milhares de pessoas sentadas nas ruas, sem ter para onde ir", disse Rachmani Domersant, um gerente de operações da ONG Food for the Poor (Comida para os Pobres), à Reuters. "Eu vi 7 ou 8 edifícios, de escritórios a hotéis e lojas, destruídos [...] Acho que [falar] em centenas de vítimas seria minimizar a situação", afirmou Domersant.

    Danos às instalações brasileiras
    O Brasil comanda cerca de 7.000 soldados da força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, enviada ao país em 2004, e tem 1.266 militares na área, dos quais 250 são da engenharia do Exército.

    Em nota oficial na noite desta terça-feira, o Ministério da Defesa do Brasil informou que houve "ocorrência de danos materiais em algumas instalações usadas por brasileiros". O informe indica, entretanto, que o balanço desses danos será feito somente nesta quarta-feira (13).

    De acordo com a embaixada brasileira no Haiti, não há informações de brasileiros feridos no terremoto até agora. "Os brasileiros estão bem, já tive essa informação. O escritório da embaixada teve muitos danos. Os militares brasileiros estão em uma planície onde não há construções altas, então ali não há tanto perigo. Mas a área da chancelaria sofreu bastante", disse o embaixador do Brasil no país, Igor Kipman, em entrevista à rádio CBN.

    O representante do Brasil no Haiti também afirmou que houve danos sérios em inúmeros imóveis na capital do país. O embaixador informou que sua volta ao Haiti, onde vive há dois anos, estava prevista para a próxima quinta-feira (14), mas deve decidir nesta quarta se antecipa sua volta ou se permanece no Brasil.

    Telefone emergencial
    O Ministério de Relações Exteriores brasileiro criou nesta terça-feira uma sala de crise, com funcionamento 24 horas, para atender as vítimas do forte terremoto que atingiu o Haiti. Relatos apontam que houve grande destruição na capital Porto Príncipe, que tem 1 milhão de habitantes.

    Os seguintes telefones foram abertos pelo Itamaraty: 61 3411-8803/ 61 3411-8805 / 61 3411-8808 / 61 3411-8817 / 61 3411-9718 ou 61 8197-2284.

    Segundo testemunhas, o terremoto devastou o centro da capital, incluindo o Palácio Nacional, a Catedral e a sede das Nações Unidas. Fontes médicas dizem esperar centenas de mortos. O contato por telefone com o Haiti é difícil.

    Um cinegrafista ligado à agência de notícias Associated Press disse que presenciou o desabamento de um hospital. Segundo o cinegrafista, o hospital desabou em Pétionville, subúrbio de Porto Príncipe, e era possível ouvir pessoas pedindo socorro.

    Outro repórter da agência Reuters afirmou que viu dezenas de mortos e feridos entre os escombros espalhados pelas ruas. "Tudo começou a tremer, as pessoas gritavam, casas começaram a cair... está um caos total", disse o repórter Joseph Guyler Delva.

    Local do tremor
    De acordo com medição preliminar do Serviço Geológico dos Estados Unidos, o terremoto aconteceu a cerca de 10 km de profundidade, a 22 km da capital haitiana, que tem mais de 1 milhão de habitantes. Um terremoto dessa magnitude é capaz de provocar danos graves. O terremoto foi seguido de outros tremores, sendo dois de magnitudes de 5,9 e 5,5.

  • O tremor foi sentido com força em quase todo o território da República Dominicana, país situado na ilha de Hispaniola, como o Haiti, e também no leste de Cuba, mas ainda não se sabe se provocou grandes danos, salvo cortes temporários no fornecimento de energia elétrica.

    Em entrevista concedida à rede de televisão "CNN", o embaixador do Haiti nos Estados Unidos, Raymond Joseph, disse que as consequências do terremoto pode ter tido proporções "catastróficas". "A única coisa que posso fazer agora é rezar e confiar em que o pior não aconteça", disse.

    "Estão todos muito assustados e abalados", disse Henry Bahn, funcionário do Departamento de Agricultura dos EUA que visitava o país. "O céu está cinza com poeira."


  • "Definitivamente, peço a ajuda dos EUA", disse Raymond Joseph. O embaixador explicou que tentou ligar para funcionários de seu governo e que só conseguiu falar com um, que relatou "que as casas caíram dos dois lados das ruas".

    Ajuda externa
    O presidente dos EUA, Barack Obama, manifestou-se e disse que seus "pensamentos e preces" estão com o povo haitiano. "Estamos monitorando de perto a situação e estamos prontos para ajudar o povo do Haiti", disse, em nota. República Dominicana, França, Colômbia e Venezuela também já se comprometeram a ajudar o Haiti.

    O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) anunciou um subsídio de emergência de US$ 200 mil para fornecer comida, água, remédios e abrigo para as vítimas do terremoto, que poderia ter causado centenas de mortos, disseram testemunhas. "Estamos acompanhando de perto a situação e estamos prontos para ajudar o Haiti a lidar com esta catástrofe", disse o presidente do banco, Luis Alberto Moreno. "Estamos em contato com outros doadores, para partilhar informações e coordenar as ações de resposta."

    A própria ONU (Organização das Nações Unidas), com sede nos Estados Unidos, anunciou que está preparando um enorme esforço internacional no Haiti, enquanto seus funcionários tentavam em vão entrar em contato com seus representantes no país. As comunicações no país foram afetadas.

    "Tentamos entrar em contato com as nossas equipes no terreno, mas temos problemas de comunicação, o que não é surpreendente depois de uma catástrofe como essa", disse o porta-voz do Escritório de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), Stephanie Bunker.

    Bunker disse que a OCHA tinha enviado mensagens de aviso para diferentes locais em todo o mundo com o objetivo de preparar uma mobilização excepcional de ajuda ao Haiti.

    Um porta-voz do Itamaraty disse à BBC Brasil que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, já conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação no Haiti. Segundo o Itamaraty, "o presidente disse estar bastante preocupado com a situação dramática do país".

    O ministro da Defesa, Nelson Jobim, "expressou sua solidariedade ao povo do Haiti, (...) e exortou os militares brasileiros presentes naquele país a fazerem todo o esforço possível para minorar o sofrimento da população local".

    Histórico de tremores na região
    O terremoto desta terça foi um dos mais fortes já registrados no Haiti e na República Dominicana, que compartilham a ilha caribenha de Hispaniola.

    "Desde o terremoto de 4 de agosto de 1946, que foi de 8,1 graus, não tínhamos registrado, pelo menos em nosso país, um fenômeno tão grande como este", afirmou o diretor do Instituto Sismológico Universitário da República Dominicana, Eugenio Polanco.

    Outro forte terremoto no país ocorreu na noite de 22 de setembro de 2003, quando a terra tremeu a uma escala de 6,5 graus e derrubou um centro educativo, além de ter danificado seriamente outros prédios na cidade de Puerto Plata.

    "Na ocasião, não ocorreu uma catástrofe nessa escola porque foi de noite e não havia alunos", afirmou Polanco.

  • Por Elias Ferreira

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